OLDWICK, NOVA JERSEY, U.S.A.--(BUSINESS WIRE)--Embora as condições do mercado no Brasil não sejam favoráveis, o mercado de resseguros do país permanece resistente diante de um crescimento econômico hesitante, segundo relatório especial da A.M. Best.
O Relatório especial da A.M. Best, intitulado "Revisão do Mercado de Resseguros do Brasil" (em inglês Brazil Reinsurance Market Review), observa que, enquanto fatores como a corrupção na petrolífera estatal brasileira, a falta de projetos de infraestrutura e os temores em relação ao vírus Zika intensificaram as dificuldades econômicas do Brasil de maneira mais significativa do que os danos causados pela crise financeira mundial, a maioria das resseguradoras locais reportou lucro líquido positivo em 2015.
O IRB Brasil Resseguros S.A. (IRB), a maior empresa de resseguros no Brasil, registrou um crescimento anual de 35% em prèmios brutos em 2015, segundo o órgão regulador regulador, SUSEP, com 76% dos prêmios no Brasil e 24% no exterior, principalmente nas linhas de property, rural e de vida. Seu retorno sobre capital próprio (ROE) registrado em 2015 foi de 29%, quase o dobro dos 15% registrados em 2014. O IRB representou 85% do resultado com subscrição de resseguros no país em 2015, sendo que sua participação no mercado foi aproximadamente metade de todo o mercado local.
Os demais participantes no mercado de resseguros são atualmente muito menores que o IRB, mas como este mercado continua a evoluir, o cenário competitivo deve mudar e a concorrência aumentar.
Apesar dos fatores negativos e das incertezas em curso, existem sinais positivos para o futuro. As estimativas dos economistas variam, mas alguns preveem um PIB positivo em 2017, incluindo o Fundo Monetário Internacional, que prevê um crescimento de 0,5% em 2017, com um crescimento mais consistente nos anos subsequentes. Entretanto, o mercado de (res)seguros no Brasil permanece altamente competitivo e, apesar de alguns nichos de oportunidades, as condições do mercado dificilmente podem ser descritas como ”hard” ou “hardening”. Há indicativos de que mudanças regulatórias propostas podem liberalizar de forma contínua o mercado de resseguros no Brasil e potencialmente ajudar a dispersar o risco de modo mais orgânico e com menos restrições. Apesar disso, dadas as dificuldades existentes no Brasil e quando combinadas com as condições desafiadoras de resseguros a nível global, o ambiente atual de resseguros no país permanece adverso.
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