Novo relatório da GSMA analisa diversidade de gêneros no setor de telecomunicações

LONDRES--()--A GSMA divulgou hoje um novo relatório, “Accelerating the Digital Economy: Gender Diversity in the Telecommunications Sector”, que apresenta um retrato do equilíbrio de gêneros no setor. Elaborado por A.T. Kearney1, o estudo pretende proporcionar um ponto inicial para a evolução do corpo de funcionários, compartilhar as melhores práticas e subsidiar a indústria na configuração de locais de trabalho que aproveitem ao máximo a diversidade de gêneros.

"O setor de tecnologia móvel com sua rápida evolução está no centro da revolução e tem um enorme impacto no avanço social e econômico. Para manter esse ritmo de crescimento e inovação, precisamos conciliar as exigências do corpo de funcionários com as oportunidades futuras", disse Anne Bouverot, Diretora Geral, GSMA. "Esse relatório destaca os benefícios de um corpo de funcionários equilibrado, mas também sublinha a desigualdade dos gêneros no nosso setor. Este é o momento de o setor das telecomunicações concentrar-se na contratação de mais mulheres para evitar uma ruptura na cadeia de futuros talentos e ajudar a superar a barreira entre os gêneros."

O relatório destaca que, apesar de alguns avanços na representação feminina e da progressão nos ambientes de trabalho, ainda é preciso trabalhar muito para superar a desigualdade dos gêneros no setor das telecomunicações. As principais descobertas da pesquisa mostram que:

  • a participação das mulheres no corpo de funcionários das telecomunicações varia bastante, de 10 por cento a 52 por cento entre as empresas avaliadas;
  • em três quartos das empresas de telecomunicações pesquisadas, as mulheres representavam menos de 40 por cento do corpo de funcionários e
  • há notáveis diferenças entre os gêneros nas empresas analisadas, com as empresas americanas desbancando suas concorrentes em qualquer lugar do mundo em termos de representação feminina.

"A pesquisa destaca que cada empresa no setor das telecomunicações aborda a diversidade de gêneros a partir de um ponto diferente e tem diferentes obstáculos nacionais a superar", disse a Dra. Maria Molina, Diretora, A.T. Kearney. "O setor precisa ser mais sistemático e persistente no compartilhamento e na adoção de melhores práticas com compromisso com um corpo de funcionários diversificado no que diz respeito aos padrões culturais e às obrigações legais."

O relatório descobriu que amplas colaboração e transparência no setor, por meio de mecanismos como a indexação anual e o compartilhamento de melhores práticas, também serão fundamentais para avaliar a dinâmica do setor e para manter a energia.

Mulheres na liderança

As descobertas da pesquisa também revelam que a desigualdade dos gêneros é mais acentuada nos cargos mais altos. Dentre as empresas pesquisadas em todas as regiões, exceto na América do Norte, menos de 20 por cento, em média, dos cargos superiores são ocupados por mulheres. Na maioria das regiões, excluindo a América do Norte, a proporção de mulheres no cargo superior é, em geral, metade da proporção nos cargos iniciais. Nas empresas africanas do estudo, menos de um em cada dez superiores são mulheres.

Uma explicação possível para a pouca representação feminina nos cargos superiores é desigualdade em termos de formação e habilidades na área de ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, do inglês). Um relatório recente sobre os países-membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) revelou que a participação de mulheres formadas em ciências e engenharia era de apenas 38 por cento e 25 por cento, respectivamente.2

Benefícios de corpos de funcionários com diversidade de gênero

Com o passar dos anos, muitas pesquisas mostraram que as empresas com um corpo de funcionários com saúde e diversidade de gênero são capazes de inovar e desbancar os concorrentes. Estudos revelam que organizações com diversidade de gênero têm probabilidade 45 por cento maior de melhorar sua participação no mercado, obtêm retorno sobre o patrimônio 53 por cento e têm probabilidade 70 por cento maior de obter sucesso na conquista de novos mercados.3

Além dos benefícios financeiros, outras vantagens de um corpo de funcionários diversificado incluem o impacto nos segmentos empresa–consumidor (B2C) e empresa–empresa (B2B) do mercado. Embora a maioria das empresas veja as mulheres como usuárias finais, poucas delas tiram efetivamente partido do talento feminino para identificar o que essas usuárias finais querem e precisam.4 Entretanto, as empresas que empregam mulheres podem aumentar as chances de sucesso de seus novos produtos e serviços em 144 por cento.5

Superação da barreira digital entre os gêneros

De modo a apoiar a indústria em seus esforços para caminhar rumo a um equilíbrio mais igualitário entre os gêneros, o relatório destaca as melhores práticas ao longo de todo o trajeto de um funcionário, como:

  • programas de conscientização e difusão para dotar jovens e mulheres das habilidades e da inspiração de que precisam para buscar uma carreira em STEM, além das qualificações relevantes;
  • descritivos de cargo personalizados, quotas de candidatos equilibradas em termos de gênero e grupos de seleção equilibrados;
  • iniciativas vistas como valor agregado para mulheres e homens, como horários de trabalho flexíveis;
  • planejamentos de sucessão formais, fomento de programas de mentoria, treinamento sobre preconceitos inconscientes e treinamentos dedicados aos gêneros, e
  • recolocações (estágios de recolocação profissional) e programas de retorno gradual para preencher a cadeia de talentos, especialmente nos níveis de gerência.

O relatório destaca inúmeras iniciativas existentes que foram concebidas para superar a desigualdade dos gêneros no setor de TIC. Por exemplo, com a campanha #InspireHerMind e com o acampamento Girls Who Code, a Fundação Verizon está obtendo progresso na alteração dos estereótipos e na promoção, entre meninas em idade escolar, da inspiração e das habilidades de que elas precisam para buscar uma carreira em STEM. A Intel também anunciou recentemente que planeja investir $ 300 milhões para ajudar no estabelecimento de uma cadeia de talentos para conquistar a representação plena das mulheres e das minorias sub-representadas até 2020.

Contudo, embora as iniciativas e a implementação de boas práticas sejam fundamentais, o relatório descobriu que uma estratégia holística, concentrada na transformação da cultura e da mentalidade corporativas é essencial para a evolução no ambiente de trabalho. O programa Connected Women da GSMA6 apoia o cultivo de uma alteração mais ampla e promove a maior inclusão das mulheres na indústria da tecnologia móvel como consumidoras, funcionárias e líderes.

"A cultura corporativa tem um papel importante no atual desequilíbrio entre os gêneros. No entanto, os governos e os elaboradores de políticas públicas, junto com os integrantes do setor, também têm seu papel na criação de uma diversidade de gêneros sustentável em setores vibrantes como o das telecomunicações", continuou Bouverot. "Para encerrar, precisamos trabalhar em conjunto para mobilizar mais mulheres para que reconheçam a miríade de oportunidades no setor de tecnologia móvel e ICT."

Para acessar o relatório, acesse: www.gsma.com/gender-diversity.

-FIM-

Notas para os editores

1 A GSMA e a A.T. Kearney realizaram um estudo internacional em 54 empresas durante outubro e novembro de 2014; ele focou o setor de telecomunicações e empregou informações de outros setores que adotam melhores práticas. Oitenta e cinco por cento das empresas eram de telecomunicações e quinze por cento eram de Internet e alta tecnologia. As empresas de telecomunicações foram definidas como as que apresentavam operações de telefonia fixa, móvel ou ambas. Tinham em média 12.900 funcionários e estavam distribuídas por regiões da seguinte forma: África (17 por cento), Ásia-Pacífico (21 por cento), Europa (19 por cento), América Latina (9 por cento), Oriente Médio (19 por cento) e América do Norte (15 por cento). As entrevistas envolveram os Diretores de Diversidade e Inclusão global, Diretores de RH e CEOs de Mobilidade.

2 Fonte: OECD, “Society at a Glance”, 24 de setembro de 2014. Países-membros da OECD: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Coreia, Luxemburgo, México, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, República da Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos.

3 Fontes: “How Women Drive Innovation and Growth”, Harvard Business Review, 2013. “The Bottom Line: Corporate Performance and Women’s Representation on Boards”, Catalyst 2011.

4 Fonte: “The Rise of the Female Economy in B2B”, A.T. Kearney em colaboração com a Confederação Britânica da Indústria, 2014.

5 Fonte: “How Women Drive Innovation and Growth”, Harvard Business Review, 2013.

6 O programa Connected Women da GSMA trabalha com parceiros para beneficiar socioeconomicamente as mulheres e o ecossistema da tecnologia móvel como um todo por meio da maior inclusão das mulheres no setor. O programa é dedicado a aumentar o acesso a telefones celulares e o uso deles por mulheres e a melhorar efetivamente os serviços de tecnologia móvel nos mercados em desenvolvimento, além de a eliminar a desigualdade dos gêneros em termos de habilidades digitais, atraindo e mantendo o talento feminino e incentivando a liderança feminina no mundo todo. Saiba mais em http://www.gsma.com/connectedwomen.

Sobre a GSMA

A GSMA representa os interesses das operadoras de telefonia móvel no mundo todo, unindo quase 800 operadoras a mais de 250 empresas no amplo ecossistema da tecnologia móvel, incluindo fabricantes de aparelhos e dispositivos, empresas de software, fornecedores de equipamentos e empresas da Internet, assim como organizações e setores industriais adjacentes. A GSMA também realiza os principais eventos da indústria, como o Congresso de Tecnologia Móvel, o Congresso de Tecnologia Móvel de Xangai e a série de conferências Mobile 360.

Para obter mais informações, acesse a página corporativa da GSMA no endereço www.gsma.com. Siga a GSMA no Twitter: @GSMA.

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